Deita que o coro que arde e queima a pele,
que a vida que grita ainda é a mesma que te faz dormir
Espera, não espera, não espera
que quem esperou ainda tá no mesmo lugar
Olha o que o olho tá te mostrando,
ele tá deixando na carne viva pra tu vê,
ele sempre deixa tudo pra gente vê
Mas você não viu,
tava correndo demais, só não sei de quê ou pra quê
Me diz aí, me diz você
A semente virô flor, as borboleta foram embora, faz tempo que não chove aqui
Não, isso tu também não viu
Tá tudo seco, dentro de tu também
Eu sei que tu sente dor pelos "buraco" que te fizeram,
não, não tô falando daquela cicatriz não
Mas só vô te dizer uma coisa,
teu buraco tá ficando cada vez maior,
daqui a pouco tu se afoga nele e nem cristo pra te tirar daí
Eu sei que tu sente dor, eu sei, mas não é isso que eu quero falar
Faz tempo que tu esqueceu daquele forró pé de serra
que a gente dançava, das tardes no sítio embaixo das árvore,
Daquele dia que a gente achou que ia vivê pra sempre
Porra cabra, vô te falá que sinto tua falta viu,
acho que tu esqueceu de olhá de novo pra vida,
ficô sentado esperando a vida que tu sonhava,
sentado esperando a vida que tu sonhava..
E a vida te levou cabra.
Tu não deixou ninguém te amar,
e culpou todo mundo pelos buraco que só tu podia consertá
A vida não vai te deixá dormir não
Eu quero é vê quem não se comove com sol da manhã,
alguém pra te escutar, e homem passando fome
Eu quero é vê
Faz tempo que tu não fala,
faz tempo que não escuto tua voz,
tu só fica repetindo aquela conversa de "quando eu for, quando eu tiver.."
Acorda hômi! Tua solidão aí te corroendo e tu querendo o quê?
Quer preencher o coração é?
Já cansei de te avisar que a vida passa e tu nem vê,
só cuidado pra esse teu abismo aí não te levá pra longe de mim demais
Reza a lenda que no sertão hômi que seca por dentro vira areia também num sabe?
se mistura com a desertidão da paisagem
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