Tem dias que a gente só espera. Espera por um encontro, por
uma festa, uma prova, pelas coisas que ainda hão de melhorar. Tem dias em que a gente não se contém de tanta
ansiedade de querer. Sempre no outro dia. Hoje eu quero pensar em 1 minuto,
somente nele. Do meu cansaço que meu corpo denuncia, da minha falta de vontade
de soar inteligente, desse ventinho que passa por aqui e me faz sentir uma
sensação boa. Sim, o mundo vai continuar doente, as provas não vão deixar de
existir, e talvez todos nós continuemos incuráveis. É.. o mundo não vai deixar
de rodar. Hoje eu respeitarei 1 minuto em mim. E tudo que eu peço dele. E tudo
que ele pode me dar. As vezes isso é tudo. Quantas vezes as coisas
falam por si, e nós as calculamos, medimos, e não fazemos o
essencial, escutá-las. Deixar que elas se mostrem como são. As vezes é só isso.
Sem esse negócio de futuro, passado, nem nada disso. Deixa o vento entrar, a vida me comover
nesse instante. Sem muito. Sem essa culpa de algo que não foi feito. Sem essa
condição do ser humano de ser feliz ou triste, vazio ou cheio. Deixo entrar,
pode vir. Noutro instante não sei o que será, mas me prometi que isso não seria
o mais importante agora. É.. as questões existencialistas não vão deixar de
existir, nem por isso eu irei. Aceito esse momento, pode tomar conta de mim. Amanhã
sempre será outro dia, independente da perspectiva. Por ora eu deixo o vento
falar por mim.
que ótimo, Ana!
ResponderExcluiro texto e as intenções...
a existência é uma dama de ferro.
pensar é existir.
viver é deixar de existir aos poucos.
pedrinho