domingo, 18 de dezembro de 2011

O que quero dizer nem sei se posso explicar.. São palavras e palavras para entender.. Quero fazer rima fina, rima solta, rima de quem é feliz, ou que é músico.. Ao mesmo tempo quero continuar sendo assim, esse caramujo fechado, essa pessoinha que corre.. que foge.. que some. Bonito e feliz, duas coisas bem diferentes. Chega, chega, estou com a garganta e com a alma cheia. Chega de tanta profundidade, chega de tanto ser, não me agüento mais.. Deixe-me ir, porque o caminho é vago e nunca se sabe aonde ele pode levar.. Vontade mesmo é a de vomitar os sonhos, eco! Chega de sorrir, chega de esperar. Gritar também não é a solução. Se eu não for não serei eu o pior sonhador. Preciso de tempo, preciso de vida.. Preciso de mim, ou não.. Preciso de nada! Correr tanto assim uma hora me cansa as pernas.. Correndo da vida, correndo do amor... Correndo pras cobertas. Viva vida vida e nada. Se é nada já passou, e em outro instante ninguém sabe o que será. Dizer-te nada, dizer-te muito. Tudo que poderia já foi dito, por isso o nojo às mesmas palavras. Nada de surpreendente, nem aqui nem na vida, muito menos na poesia. Deixo, esqueço, noutrora já me vesti de super-homem, super- vida. Os amigos estão tão longe, e o sorriso também. Ao mesmo tempo tudo ainda é sonho, sonho de amigos, sonho de sorriso. O espaço é bem maior, e a solução é cega. Sorri para lembrar que lembrar não é. Sofri para lembrar que viver não é. Lindo é o sonho, a quase utopia, o quase nada. Tempo, Tempo, Tempo, venha e leve como água,  leve como água.

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