quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Quem sabe um dia a borboleta suave volte
Quem sabe um dia a fé volte (será que volta?)
Me dá teu colo de novo, teu abraço de novo
Devolve a paz pro lugar que ela deveria estar
Mas será que ela vai existir?
Você é menino


Quem nos dará salvação?
Vai haver salvação pra nós? 
Ou eu devo continuar decorando as lições pra te esquecer
Já que não sei mais te amar
Já vem tanto tumulto nas memórias
Só sei do amor
Em algum canto recluso


Silencioso agora, quietinho
Não quer mais incomodar, tá se fazendo de morto
Será?
Com canivete, faca e unha nos ferimos
Mas você não estava pronto
E quem disse que estarás agora?
E quem serei eu agora?
Já não espero nada de ti, e confesso que me sinto bem, mais limpa entende?


Será que ainda seremos os nossos sonhos? (sonhos e sonhos)
Casar.. Nossa casa.. Nosso caso
(Casa comigo por favor)
Que paz seria você aqui comigo
Ou não.. devo entender de vez que você nunca ficará pronto
Que não quer, que não pode, que o que merecemos não é viável, já que nos exige muito
Que minhas expectativas são altas demais, que deveríamos reinventar essa história
Que só estamos brigando com a ausência da presença
Que há de passar.. que vai passar!


Será que não nos idealizamos e devemos acordar desse sonho?
Quem nos permitiu ao sonho?
Quem sabe eu não seja mais teu objeto idealizado?
Sabes que mudei, que virei humana?
Mundana, real e sem fé como todos os outros?
Ainda sim me amarias?
Nem penso, nem penso!


Me libertei da mágoa que podes me causar, o preço pode ter sido alto
Frustrações, promessas, choros
Quem seremos nós então?
Não foi culpa nossa, não foi culpa de ninguem
Das expectativas, da ilusão de ser dono, de que pudéssemos mudar em nome de algo
Perdoe-me por tudo isso
Acho que foi um desvario, um engano assim


Há tanto o que agradecer
Me perdoe junto com tantas justificativas e 
palavras bonitas por te decepcionar, 
e causar sua fúria em um futuro possível, não me entenda mal, 
nem me veja mal se puder (mas se ver, entenderei),
só estou tentando sobreviver


Não me restou outra alternativa, a não ser homem-animal
Imagina se tudo pudesse ser mudado e se você pudesse aparecer e ficar
E fazer nossos sonhos sentidos?
Mas não vai


E antes que a angústia me atormente outra vez deixarei passar, 

o tempo bater na pedra outra vez
mas tentarei continuar imóvel, como na lição decorada
Teremos nós outra saída? Diga-me se conseguir pensar!
Saídas reais, carnais, cabíveis ao nosso ser
Te amo, te amo, te amo, te amo, te amo
Deixarei contigo o meu melhor e o meu quem sabe
E quem ditará nosso final?
Quem sabe

(nós sabemos)

Nenhum comentário:

Postar um comentário